30 países da América Latina e do Caribe inovam para acabar com o trabalho infantil até 2025

12 de outubro de 2018

Quarto aniversário da Iniciativa Regional.

Após quatro anos de trabalho articulado, com base no diálogo social, a Iniciativa Regional América Latina e Caribe Livre do Trabalho Infantil conseguiu desenhar e validar um instrumento de elaboração de mapas locais de vulnerabilidade que permitirá aos países membros desenhar estratégias preventivas para interromper a trajetória do trabalho infantil e acelerar a redução do indicador na região.

O instrumento, denominado Modelo de Identificação de Risco de Trabalho Infantil, foi aplicado na Argentina, Brasil, Colômbia, México e Peru durante 2017 e está em andamento durante 2018-2019 na Costa Rica, Chile, Guatemala e Jamaica, países nos quais está previsto fortalecer as políticas locais ancoradas no planejamento participativo voltado para objetivos específicos de redução do trabalho infantil.

Trabalho infantil: uma prioridade tripartite nas Américas

A Iniciativa Regional foi reconhecida na Declaração do Panamá para o Centenário da OIT: pelo Futuro do Trabalho nas Américas (Panamá, outubro de 2018) como um mecanismo efetivo e atual que contribui para os esforços dos países para atingir a Meta 8.7 de a Agenda 2030 e que permitirá dar seguimento ao acordado na IV Conferência Mundial para a Erradicação Sustentada do Trabalho Infantil (Buenos Aires, novembro de 2017) .

Com essa ação, a Iniciativa Regional contribui para o processo de territorialização da Agenda 2030, desenvolvendo e aplicando instrumentos de política voltados para o cumprimento da Meta 8.7. Esta ação focada no país é complementada por uma estratégia de promoção da Cooperação Sul-Sul, que ao longo desses quatro anos de trabalho conseguiu capitalizar a experiência, o conhecimento e a capacidade dos países em temas como emprego juvenil, periculosidade, fiscalização, alianças público-privadas, trabalho doméstico, entre outros. 

A plataforma da Iniciativa Regional também permitiu impulsionar o trabalho multistakeholder por meio da ação interinstitucional realizada entre a OIT, a CEPAL e a FAO. Por sua vez, a relação com a Organização Internacional de Empregadores (OIE) e a Confederação Sindical das Américas (CSA) renovou e fortaleceu a abordagem tripartite de atuação, enquanto a relação com o setor privado por meio do Pacto Global permitiu agregar seu compromisso e experiência em seguir os Princípios associados. 

Com organizações da sociedade civil, integradas na Marcha Global contra o Trabalho Infantil, a Iniciativa Regional tem promovido uma aproximação para identificar espaços de ação conjunta e complementar que reforcem o compromisso dos países e que ao mesmo tempo mostrem os desafios persistentes.

Para superar as lacunas de desigualdade da região de forma definitiva, não devemos deixar ninguém para trás. Construir um futuro melhor exige que evitemos a inserção precoce de crianças no trabalho infantil, resgatemos os direitos dos 10,5 milhões de crianças e adolescentes que ainda trabalham, principalmente aqueles que realizam trabalhos ilícitos, e protejamos o trabalho adolescente permitido. 

Nos últimos quatro anos, a América Latina e o Caribe demonstraram seu potencial para atingir a meta 8.7 da Agenda 2030 a tempo e acompanhar a primeira geração livre do trabalho infantil na região. Continuemos trabalhando de forma participativa e solidária pelas crianças e adolescentes que serão os futuros talentos humanos que farão de nossa região sustentável, inclusiva e sustentável.

No marco do quarto aniversário da Iniciativa Regional, a Rede de Pontos Focais traz uma mensagem para nos lembrar que a erradicação do trabalho infantil depende de todos nós, de nossos diferentes setores e organizações. Para ouvir esta mensagem, clique aqui  (também disponível em inglês ). 

Convidamos você a baixar as últimas publicações da Iniciativa Regional nos seguintes links:

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